Preocupada com o projeto do governo federal de privatizar o sistema energético, o governo de Araporã iniciou discussão com funcionários de Usina Hidrelétrica Itumbiara (empresa do Sistema Eletrobras Furnas) e vereadores. Funcionários da estatal com sede em Araporã foram convidados para reunião com a prefeita Renata Cristina Silva Borges. A reunião aconteceu na prefeitura, no dia 04 de setembro. Da Usina Hidrelétrica Itumbiara participaram engenheiros elétricos e mecânicos e representantes da aárea administrativa, dentre os quais Delmas Luiz Botta, Liliane Silva, Gabriel Dias, Cleber Martins, Adailton Machado e Kenedy Mendonça. Também participaram representantes do Poder Legislativo, como os vereadores Ariovaldo de Oliveira Passos “Lió”, Francisco Marques Gomes Ferreira “Chicó” e Manoel Gonçalves da Silva “Manoel do Banco”.
De acordo com a proposta do governo, a Eletrobras poderá privatizar até 14 usinas hidrelétricas antigas pertencentes às subsidiárias Chesf, Furnas e Eletronorte. Particularmente em Araporã, a preocupação é unânime. Inaugurada em 1981 e com capacidade de produzir 2.082 Mw, a Usina Hidrelétrica Itumbiara é a maior usina do Sistema Furnas.
A preocupação dos representantes do setor público, comunidade e do quadro funcional da estatal é que a privatização deve afetar as contas de luz de todos os brasileiros. Para diluir os aumentos e preparar o sistema elétrico para uma nova forma de comercializar a energia produzida pelas usinas, o governo avalia colocar todo esse volume à venda de maneira escalonada.
Segundo o governo, a meta é arrecadar R$ 20 bilhões com a venda da Eletrobras. Porém, a venda não vai amenizar a dívida pública, algo em torno de R$ 159 bilhões de dívida primária.
Para especialistas de mercado, é falso o discurso do governo de que a privatização vai baratear ao consumidor final o preço da energia elétrica, além de colocar em risco a segurança energética do país e a soberania nacional.
A prefeita Renata Borges ouviu dos funcionários da Usina Hidrelétrica Itumbiara que, como cidadãos, eles estão preocupados com a privatização e se posicionam contrários à proposta de venda. Para eles, a privatização da Eletrobras representará a perda de controle sobre a energia elétrica do país, que ficará nas mãos de gestores privados, em grande parte estrangeiros. Eles terão controle não somente sobre a energia elétrica, mas também sobre a vazão de rios, o que envolve a gestão dos múltiplos usos das águas, como irrigação e navegação,sendo por isso temerária no que tange a manutenção da soberania do país.
Como gestora pública e como cidadã, Renata Borges disse que a Eletrobras é um patrimônio do povo brasileiro e que a privatização nada mais é do que entregar as riquezas do país para investidores estrangeiros. “Eu vejo a privatização como um atesto de incompetência na gestão do nosso patrimônio. O governo coloca à venda uma das nossas maiores empresas, atraindo o interesse de investidores internacionais que vão lucrar em cima das nossas riquezas. Ao final, o povo brasileiro vai acabar arcando com as consequências dessa atitude. Não vejo que seja uma coisa boa para o povo brasileiro”, assinala a prefeita.
Cidade de Araporã
É pra você que a gente trabalha!
